Com a aproximação do Mundial de Clubes, o FC Porto prepara-se para defrontar um dos principais representantes do futebol sul-americano: o Palmeiras. A formação brasileira, orientada por Abel Ferreira, apresenta um modelo de jogo sólido, com dinâmicas bem trabalhadas nos diferentes momentos do jogo. Esta análise foca-se nos comportamentos ofensivos do Palmeiras, divididos em três fases: Construção, Criação e Finalização.
Fase de Construção:
O Palmeiras inicia a sua construção com uma estrutura em 4+2, utilizando os dois médios centro em zonas próximas da linha defensiva. Este posicionamento visa atrair a pressão da primeira linha adversária, com o objetivo de criar desequilíbrios e abrir espaços mais à frente no terreno. Uma vez conquistado o espaço entrelinhas, os jogadores posicionados nessa zona tornam-se alvos preferenciais, permitindo ao Palmeiras progredir com critério e qualidade.
Fase de Criação
Na criação, os extremos assumem um papel fundamental ao manterem-se bem abertos junto à linha lateral. Esta largura máxima força a linha defensiva adversária a esticar-se, abrindo espaços nos corredores interiores. É precisamente aí que surgem os movimentos de rutura, particularmente entre o central e o lateral, com o objetivo de atacar a profundidade. O timing e a coordenação entre portador da bola e os movimentos de rutura revelam-se decisivos nesta fase.
Fase de Finalização
Em momento de finalização, o Palmeiras demonstra uma forte intencionalidade no ataque à área. Em situações de cruzamento, procuram garantir pelo menos três jogadores em zonas de finalização, ocupando de forma inteligente diferentes zonas da área. Quando a bola está descoberta, há uma clara orientação para manter jogadores posicionados na última linha defensiva adversária, atentos a possíveis movimentos de ataque às costas. Esta abordagem permite ao Palmeiras variar os pontos de entrada e aumentar a imprevisibilidade no último terço.
Artigo escrito por João Fonseca (joaofonseca_analyst)